Somos o dia em que nascemos.
Somos a soma de todos os dias que vivemos depois do primeiro.
Somos a curva do tempo que nos leva para longe e nos traz de volta para junto de nós.
Somos as rugas na cara, as pernas cansadas, os dias sem fim.
Somos as gargalhadas que demos, os olhares que trocámos, os prazeres que tivemos.
Somos os lábios beijados, as mãos que sentimos, os corpos suados que se perderam em nós.
Somos o sal das lágrimas que nos molharam o rosto em dias de mágoa.
Somos homens e mulheres. Somos filhos, somos pais, somos amigos.
Somos o início e o fim do arco-íris. Somos as cores que quisermos.
Somos os dias de raiva, a fúria contida, os sonhos desfeitos.
Somos os medos sentidos em dias incertos de amores contrafeitos.
Somos a nossa vontade e a vontade que temos de não estarmos sozinhos.
Somos os remorsos dos erros. Marcados na carne. Cravados na alma.
Somos as pedras da rua que outros chutaram sem pena de nós.
Somos a nossa própria sombra, quando fingimos que não somos nós.
Somos os dias de Inverno em que só nos aquece o calor da lareira.
Somos a morte e a vida, as trevas temidas, a luz verdadeira.
Só para te dizer...
ResponderEliminarO quanto gosto deste texto...
O quanto gosto de TI!
Ainda bem que estás de volta! E por favor não desistas! Estás num bom caminho! ;-)