quinta-feira, 18 de agosto de 2011

um dia comum

O homem velho fez-se de engraçado à empregada brasileira que, mantendo a educação e o profissionalismo, lhe mostrou que não estava disponível para brincadeiras.

O casal almoçou lado a lado. Para assegurar que os seus olhos não se cruzavam.
Não trocaram uma palavra. Não trocaram um gesto. Estão juntos, mas já nem sabem porquê.

Eu bebi um café numa montra de vidro onde as dezenas de bombons e trufas de chocolate de todas as qualidades pareciam gritar: "pick me, pick me". E eu a ignorá-los.

Os livros estavam estrategicamente dispostos nas prateleiras, prontos a serem levados para casa, folheados e lidos a fim de se sorverem todas as palavras.

São assim, as palavras, as mesmas todos os dias. Mas com diferentes significados dependendo da junção que se faz.

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