Acabei - agora mesmo -de ler o livro.
Soberbo. É a palavra que me ocorre para o descrever.
O Sr. Silva teve que encarar uma dura realidade a que muitos de nós estaremos condenados: a perda do nosso companheiro de vida e a ida para um lar.
A sua história obriga-nos a pensar no que seremos como filhos quando chegar a vez dos nossos pais, mas também nos obriga a pensar em nós enquanto "Srs. Silvas" e em como, mesmo aos mais de 80 anos, temos ainda tantas coisas para aprender.
A salpicar o enredo, "o esteves da metafísica" saído directamente do poema de Àlvaro de Campos (Tabacaria), a reflexão sobre o fascismo e a ditadura e a "mariazinha", imagem da Nossa Senhora de Fátima que serve de companhia a um ateu.
Sendo o primeiro livro que leio deste autor, surpreendeu-me a escrita não-tradicional, que no caso considero uma enorma mais-valia pois impõe um ritmo completamente diferente à leitura.
Não sei se já perceberam, mas aconselho vivamente este livro.
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