terça-feira, 11 de maio de 2010

território ocupado

Andavam elas assim há 35 anos. Imaculadas. Inexploradas. Leves. Sem adornos. Não que os adornos não fossem cativantes, porque o são e muito!, mas gostava de as ver assim, iguais a elas próprias.

Sou minimalista.

Prefiro a expressão minimalista à expressão simples. Minimalista é uma forma de estilo.
Simples é a ausência de estilo.
Um preciosismo de línguistica, talvez. Mas que faz toda a diferença quando se fala de tendências de moda.

Um anel no dedo de uma mão, que é a minha aliança.
Relógio no pulso sempre, menos nas férias.
Colares às vezes.
Pulseiras raramente.
Minimalista, portanto.

Mas sempre me cativaram. Sempre fiquei a olhar para eles nas montras.
Sempre comentei a sua beleza ou irreverência ou arrojo. Sempre os desejei.

E porque é que nunca explorei esses territórios de que sou proprietária? Apenas e só porque nunca me apeteceu passar por aquele mês em que não podemos mudar. E por causa de um mês passaram mais de 20 anos.

Aos 35 anos já percebo que um mês é apenas um fugaz período de tempo. E hoje lá fui eu.
E de território imaculado e virgem, passaram a terrenos ocupados.

Ao fim destes anos todos de vida, sinto que tenho orelhas.
O que neste momento não é necessariamente bom!

Mas mantenho o pensamento de que daqui para a frente não haverá um só par de brincos de que eu goste que não passe a ser meu! Ah pois não!



P.S. - Obrigada miúdas, pelo incentivo!

6 comentários:

  1. Na duvida...é falar connosco que estamos cá para motivar (é mais obrigar, mas não digas a ninguem)
    Teresa

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  2. Eu cá continuo a achar que esta foto 'tá bué de gira :-)

    E ficam-te bem!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Espera por amanha, pelo parzinho que vai dar início à colecção infindável de pares de brincos. Sim porque estão guardados há meses na esperança de ver a luz do dia, a colorir as tuas orelhas!

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  5. Eheheh!!
    Adorei!
    Eu sempre usei as minhas argolinhas de prata. Nada mais.

    **

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  6. sim senhora, porque nunca é tarde para fazer o que se quer.

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