segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
ou uma ou outra
Há gente que gosta de embirrar.
Gente cujo único objectivo de vida é infernizar a vida aos outros.
São tipo predadores. Escolhem - de forma mais ou menos aleatória - uma vítima, e passam a ter como único objectivo massacrar, inferiorizar, aborrecer, chatear essa pessoa. E quando se fartam, também sem nenhum motivo específico, passam a outro e começa tudo outra vez.
É normalmente gente com lugares de chefia. Gente que usa a sua posição como factor legitimador para todas as suas acções mesquinhas, que os faz sentir poderosos e indestrutíveis.
É provavelmente gente infeliz. Ou gente que se fartou de apanhar porrada do irmão mais velho ou do colega "mau-mau" da escola primária. Daqui a 20 anos gente como essa será tratada por psicólogos por ter sido vítima de Bullying e provavelmente o Estado irá pagar-lhes uma indeminização por não ter sabido proteger as crianças durante os períodos de permanência nas escolas. Por hoje são apenas chamados de filhos da puta.
Terem sido vítimas de gente parva enquanto pequenos é uma hipótese.
A outra é terem a pila pequena.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quem é que teve um bolo super-giro?
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
quando uma vida cabe em quatro anos
As mãos são pequeninas. Como toda ela é ainda pequenina. Custa no entanto a crer o quanto cresceu. E como cresceu depressa!
Da bebé que cabia na minha barriga já resta tão pouco, que tenho dificuldade em lembrar-me como era. Sei que quando a vi pela primeira vez, tive a sensação que a conhecia desde sempre. A partir daquele momento, ela dependeria de mim durante um longo tempo e isso não era – estranhamente - assustador.
Pensava que era arrogância quando me diziam ” vais ver, parece que fizeste aquilo a vida toda”. Mas não era arrogância. Era a mais pura das verdades. O instinto é poderoso e ensina-nos o que fazer.
Não gosto de clichés. Lembro-me de, dois dias depois dela nascer, ter dado entrada no meu quarto uma rapariga que tinha encontrado nas urgências no dia em que ela nasceu. Dois dias depois! Dois dias em que andou entre a casa e o hospital, em que passou por horas de trabalho de parto para depois fazer cesariana. Dois dias de sofrimento. E o que ela disse foi: mas valeu a pena! E disse-o apenas e só porque era suposto que o dissesse. Poucas são as pessoas que se atrevem a assumir o “outro lado” da maternidade.
Alguém teve a coragem de me dizer o que ninguém diz: não penses que ela nasce e começas logo a gostar muito dela. O amor vem com o tempo. E é verdade. Eu não digo que não se ame assim que nasce. O que nós não sabemos é que esse amor vai crescer de tal maneira, que olhando para trás, parece que não era nada. Naquela altura, não sabemos que não há limites para esse amor.
Todos os dias me orgulho das suas conquistas. E todos os dias sei que um dia terei que a deixar voar.
Todos os dias me surpreendo com as suas capacidades. E todos os dias me pergunto se estarei à altura para a acompanhar.
Sei que não sou, nem nunca serei a Mãe perfeita. Mas sei também que faço todos os dias o que acredito ser melhor e deixo-me muitas vezes guiar pelo instinto, que tenho vindo a perceber que é muitas vezes o melhor conselheiro.
Nesta aventura sem espaço para experiências, vamos os três aprendendo a ser a cada dia um bocadinho melhores: melhor Mãe, melhor Pai, melhor filha.
Todas as noites, quando a vou deitar, penso em como a vida é um verdadeiro milagre. Em como é poderosa a capacidade de gerarmos em nós um outro ser. Todas as noites, quando lhe digo o quanto gosto dela – até ao Céu e até ao tecto - penso que ela só irá perceber como esse amor é grande, quando ela própria for Mãe. Como aconteceu comigo.
Em quatro anos de vida cabe hoje a vida toda dela. E nos seus quatro anos de vida cabe a parte da minha vida que faz mais sentido.
A vida é um verdadeiro milagre.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
o dudu
... o cérebro da minha filha é uma slot machine...
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
sonhos (mas não os meus!)
eu. Então o que foi?
ela: Eram uns olhos que falavam.
eu: Os olhos falavam?! Como é que falavam?!
ela: Olha, era uma mão e tinha uns olhos e os dedos eram a boca e falavam.
eu: Então e o que é que diziam?
ela: Olha não percebi nada, falavam em Inglês!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
o sorriso
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
feliz 2012
Ai-que-lá-andamos-todos-a-correr-e-são-as prendas-e-são-os-jantares-e-são-os-doces-e-são-os-copos-e-agora-que-o-Natal-já-passou-é-a-passagem-de-ano-e-vamos-todos-para-ali-e-tu-levas-isto-e-tu-aquilo-e-encontramo-nos-às-tantas-horas-e-ai-que-vai-ser-tão-giro-e-já-chegámos-e-3-2-1-feliz-ano-novo!
E pronto.
Lá se passa mais um Natal.
Lá se passa mais um ano.
O meu marido é que tem razão: mais vale desejar já um bom 2012, que já sabemos que o 2011 vai passar a correr e quando dermos por nós estamos outra vez nesta conversa.