segunda-feira, 22 de novembro de 2010

não é o tempo, é o momento

Não é o tempo que faz as relações. É o momento.

Podemos conhecer uma pessoa há 20 anos. E nunca a termos conhecido realmente.
Podemos estar diariamente com alguém. E esse alguém nunca passar de um nome.
Podemos conviver, festejar, trocar ideias, e nunca chegarmos ao fundo do outro.

E por outro lado...

Podemos (re)descobrir-nos ao fim de 18 anos de nos termos encontrado a primeira vez.
Podemos falar de mês a mês como se tivessemos acabado de o fazer ontem.
Podemos abrir o nosso coração, fazer confidências e dizer disparates a quem não nos cobra mais do que uma presença sem dia marcado.

Não é o tempo que faz as relações. É o momento.

A intensidade das relações não se faz de tempo. Faz-se de momentos. Faz-se de minutos - de segundos! - que marcam a nossa alma. Faz-se de conversas que nos alimentam. De partilhas que nos mostram que, afinal, não somos assim tão diferentes uns dos outros. Que as vidas não assim tão diferentes. Que o que queremos não é assim tão diferente.

Há pessoas que estão na nossa vida.
Há outras que entram na nossa vida.
Há outras que queremos na nossa vida.



Não é o tempo que faz as relações. É o momento.


São aqueles pequenos momentos em que alguém parece insuflar o nosso coração quando ele estava pequenino.
São aqueles momentos em que só precisávamos daquele "mimo" para continuar em frente.

Todos os meses vamos até esse momento.
Reencontramo-nos nesse momento.
E tornamos esse momento, um momento para repetir.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

escrita

Andei para aqui o dia todo a pensar que preciso de um projecto novo.

Tenho uma pastaespecífica na minha cabeça que se chama "projecto em curso" e que me baralha a arrumação das restantes pastas sempre que está vazio.

Os projectos de 2010 estão praticamente esgotados, uns acabados, outros na sua recta final. É altura de começar alguma coisa nova.

E depois de dar voltas e voltas à cabeça, parece-me que a única coisa que faz sentido é que o meu projecto passe pela escrita. Não sei exactamente o quê, mas aqui começa a construção...

Talvez o ano 2011 seja o Ano da Escrita.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

sonhos 4#

Hoje era um Tsunami.

Duas paredes de água. Imensas. Enormes. Que tocavam um céu escuro e que eram ela próprias negras como a noite. Primeiro uma. Depois outra. Vinham na nossa direcção. E ela ao meu colo. E eu a dizer-lhe que se agarrasse com muita força a mim. Como se fosse possível.

Depois o sonho mudou.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

sonhos 3#

Tenho o mesmo sonho recorrentemente.

Sonho que deixo a minha filha sozinha (mesmo sozinha) em casa, no carro, num local público, para ir fazer uma futilidade qualquer. E depois começo a pensar se ela estará bem. Se terá acontecido alguma coisa. E a angústia começa a crescer dentro de mim.

E acontece-me o que acontece muitas vezes nos sonhos. Não consigo andar mais depressa para chegar junto dela.

E quando chego, ela está bem. E eu agarro-me a ela e peço desculpa por a ter deixado sozinha. E prometo que nunca mais volta a acontecer.

E quando acordo, fico a pensar como é possível ter feito aquilo. Ainda que em sonho...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

sintonia

Depois da habitual história da noite, diz ela:

era uma vez uma Mãe chamada Joana.

E eu continuo:

e uma filha chamada Daniela.

E ía eu continuar dizendo:

que gostavam muito uma da outra!

Ela antecipa-se e diz:

que gostavam muito uma da outra!



(acho que os 9 meses de gestação deixam as suas marcas!)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

pensamentos do dia

pensamento 1#

Há empresas que pela sua dimensão e reconhecimento junto da opinião pública têm responsabilidades acrescidas. É o caso da Amazon. É inaceitável que tenha tido à venda um livro com conteúdos pró-pedofilia. E é inqualificável que se tenha defendido com a liberdade de expressão. Não fosse a nuvem negra da crise que assola sobre as nossas cabeças, e talvez este Natal as pessoas não se importassem de perder os fartos 10€ que poupam ao encomendar na Amazon. Talvez aí os senhores percebessem que há liberdades com as quais nenhum de nós pode ser conivente.

pensamento 2#

Para que conste, eu não quero mudar o mundo. Acredito é que só se todos fizermos o que está ao nosso alcance o mundo vai mudar. E acredito também que as empresas são responsáveis por encontrar respostas e arranjar soluções. Que são as empresas e os empresários quem tem a oportunidade de melhorar a economia. Mas é óbvio que é mais fácil apontar o dedo ao Estado e dizer a culpa da crise é tua!.

pensamento 3#

Catorze anos de trabalho, uma licenciatura e duas pós-graduações depois e eu continuo sem saber se é mesmo isto que quero fazer...