Depois do post que vou escrever, o mais certo é ficar com o rótulo de insana, pelo menos durante algum tempo. Eu própria não tenho a certeza se confirmo ou se desminto, mas isto anda-me aqui às voltas na cabeça.
É como dizia o outro: eu não acredito em bruxas...
Diz quem sabe que sou uma "alma velha". Quer isto dizer que, segundo a teoria da reencarnação, ando cá há muito tempo. A minha alma está a qualquer coisa como a 90%, ou seja, estou a 10% de aprender tudo o que é suposto aprender. Depois disso será a vida eterna no mais além. Parece também que existe a possibilidade de voltar à terra, mas dessa vez para infernizar a vida de alguém que tenha alguma coisa a aprender. Tudo isto previamente combinado, é claro, que somos nós próprios quem escolhe a nossa vida terrena, consoante o que nos falta aprender (dizem).
Para além disso, parece também que as pessoas com quem nos cruzamos, são pessoas com quem já nos cruzámos noutras vidas e com quem temos alguma questão para resolver. O nosso irmão pode ter sido nosso Pai, a nossa Mãe pode ter sido nossa filha, o nosso primo pode ter sido nosso amante. Por isso gostamos ou não, sem saber muito bem porquê, desta e daquela pessoa e há quem se nos atravesse no caminho sem nenhuma razão aparente e outros que teimam em ficar ainda que totalmente fora do contexto.
Ora, assim de repente, parece-me muito bem que tenha já tão pouco para aprender, ainda que sinta que me falta aprender muito mais em relação a tudo do que apenas 10%. Parece-me também um pouco difícil alinhar em infernizar a vida de alguém. Não que seja a Santa Joana - longe disso - mas o que eu quero é paz e amor e se não me chatearem eu também não chateio ninguém.
Diz também quem sabe que, numa das minhas vidas passadas, vivi algures na América do Sul e a dada altura perdi um filho. E no momento em que me fizeram este relato fico com um imenso nó na garganta.
Sempre, desde sempre e desde que fui Mãe mais ainda, que a notícia da morte de uma criança me deixa em agonia. Verdadeira agonia. Fico a pensar nisso durante muito tempo e escorrem-me as lágrimas quando leio sobre o assunto. Crianças que nunca conheci, filhas de pessoas que conheço da televisão e das revistas, nada mais. E às vezes, à noite, quando estou ao pé da minha filha para lhe fazer um bocadinho de companhia antes de adormecer, penso nessas Mães que perderam os filhos e que já não podem estar junto deles para os fazer dormir em paz.
Ontem, porque infelizmente tive conhecimento da morte inesperada de mais uma criança, tudo o que disse para trás neste texto me veio à cabeça, numa associação de ideias daquelas que nem percebemos muito bem como fazemos. E lembrei-me ao mesmo tempo que adoro música e que a música que mais mexe comigo são salsas, merengues, forrós e axês.
Mais ainda, não pude deixar de pensar na obsessão estranha que a minha filha tem comigo. Naquela dependência imensa que se manifesta desde os primeiros meses e que se mantém dia após dia.
E fiquei a pensar se todas estas coisas têm alguma coisa a ver umas com as outras. E que se calhar, existindo essa vida para além da morte e existindo reencarnação, a própria vida faz muitas vezes mais sentido.
E ao mesmo tempo fico a pensar que racionalmente isso não faz sentido nenhum.
Acho que nada acontece por acaso. Disso não tenho dúvidas. E também que há pessoas que passam no nosso caminho que ficam nos nossos corações ;)
ResponderEliminarAgora o assunto da outra vida... ui!
Tens de me dar o contacto...Estou fascinada.
ResponderEliminarAinda bem que esta vida é apenas uma passagem...
bjos